Lygia Pape

biografia

sem título
Serigrafia
edição 74/100
67,5 x 47,5 cm

1980

Lygia Pape (Nova Friburgo, Rio de Janeiro, 1927 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004). Escultora, gravadora e cineasta. Estuda com Fayga Ostrower (1920 – 2001), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. Aproxima-se do concretismo e, em 1957, depois de integrar-se ao Grupo Frente, é uma das signatárias do Manifesto Neoconcreto. No ano seguinte, concebe com o poeta Reynaldo Jardim (1926) o Ballet Neoconcreto I, apresentado no Teatro Copacabana, e, dois anos mais tarde, participa da Konkrete Kunst [Exposição Internacional de Arte Concreta], em Zurique. No fim da década de 1950, inicia a trilogia de livros de artista composta por Livro da Criação, Livro da Arquitetura e Livro do Tempo. A partir dos anos 1960, trabalha com roteiro, montagem e direção cinematográficos e faz a programação visual de filmes do cinema novo. Ainda nos anos 1960, produz esculturas em madeira e realiza o Livro-Poema, composto de xilogravuras e poemas concretos. Em 1971, realiza o curta-metragem O Guarda-Chuva Vermelho, sobre Oswaldo Goeldi (1895 – 1961). Em 1980 vai para Nova York com bolsa de estudo da Fundação Guggenheim. Sua obra é pautada pela liberdade com que experimenta e manipula as diversas linguagens e formatos e por incorporar o espectador como agente. Dessa forma, suas experimentações seguem paralelas às de Hélio Oiticica (1937 – 1980) e Lygia Clark (1920 – 1988). Após a morte de Hélio Oiticica, organiza, com o artista gráfico Luciano Figueiredo (1948) e o poeta Waly Salomão (1943 – 2003), o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar e divulgar a obra do artista. Em 1990, com bolsa da Fundação Vitae, realiza o projeto Ttéia, no qual combina luz e movimento. Em 2004, é fundada a Associação Cultural Projeto Lygia Pape, idealizada pela própria artista e dirigida por sua filha Paula Pape.

Comentário Crítico
Na década de 1950, Lygia Pape estuda com Fayga Ostrower (1920-2001), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ, onde entra em contato com Hélio Oiticica (1937-1980), Aluísio Carvão (1920-2001), Décio Vieira (1922-1988), entre outros, com os quais integra o Grupo Frente, em 1954. Dedica-se à xilogravura e realiza, entre 1955 e 1959, Tecelares, série de obras abstrato-geométricas, nas quais usa formas muito simplificadas e explora a textura e os veios característicos da madeira, utilizados como valores gravados preexistentes.

Fonte: Itaú Cultural